Depende de como você planeja a sociedade e como irá estruturá-la. Quando se pensa em ter sócios, amigos, parentes, namoradas (os), esposas e maridos alertam: “Pensou bem? Sociedade é igual a casamento”. Acredito que muitos aqui já ouviram isso e até opinaram. Porque, de fato, sociedade é coisa séria. Mas pode ser feliz (assim como no casamento).
Ela é estimulada a acontecer por uma série de fatores como razões financeiras e união de conhecimentos técnicos, sonhos e objetivos comuns. Para alguns empreendedores, o parceiro ideal é o sócio-capitalista, que é um investidor externo, chamado de “business angel”. Esse personagem entra com o recurso, mas não trabalha na empresa. Assim, as decisões continuam nas mãos do empreendedor.
No entanto, ter um sócio (s) atuando lado a lado pode significar apoio constante, em uma jornada para o sucesso. Uma pessoa que contribui com ideias, muita perseverança e trabalho. Sem trabalho, nada acontece. A colaboração e a complementação de competências e habilidades, portanto, são poderosos dínamos.
É muito importante definir, antes de tudo, os papéis de cada sócio, de forma a explorar ao máximo o perfil e a habilidade de cada um
Eduardo Ferraz, consultor e autor do livro Vencer é ser você, da editora Gente, diz que ninguém deveria ficar sócio de alguém com quem não tenha convivido por pelo menos um ano. Este é o período mínimo, segundo ele, para saber se alguém é compatível com você.
O consultor orienta que é muito importante definir, antes de tudo, os papéis de cada sócio, de forma a explorar ao máximo o perfil e a habilidade de cada um. Eu acredito no jargão: “O combinado não sai caro”. Por isso, vale também fazer uma lista de prós e contras dessa iniciativa, por ser um bom termômetro para saber se vale a pena avançar com o propósito.
Ter um ótimo relacionamento com o(s) sócio(s) é vital, contudo, não caia na armadilha de confundir amizade com parceria empresarial, porque o foco é a relação profissional, que deverá ser exercida de maneira sincronizada e harmoniosa para contribuir para a saúde do negócio. Possuir valores e objetivos parecidos, características pessoais e conhecimentos complementares, que agreguem diferentes visões ao negócio, são chave.
Uma reportagem interessante no Diário de Pernambuco (https://bit.ly/2OfRH49) fala um pouco mais sobre o outro lado da moeda: E quando acaba o afeto? Esse momento não pode ser descartado. Afinal, nem tudo são flores, muitos desafios terão de ser superados e se não forem …
Mas a tecnologia pode ajudar a consolidar ideias, avaliações de riscos, planejar, prospectar cenários favoráveis e desfavoráveis. Tudo isso apoiado no conhecimento, em consultoria, na experiência dos sócios e de profissionais especializados. Tornar a sociedade um inferno ou um paraíso, portanto, só depende de como você se estrutura, se posiciona e forma alianças.
Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/ter-sócios-inferno-ou-paraíso-paulo-marcelo