Nós tendemos a acreditar que a Revolução Industrial foicausada pelo progresso científico. É isso que ensinam nas escolas, não é mesmo? A maioria das pessoas acredita que os progressos teóricos guiaram os avanços tecnológicos que transformam a maneira como a sociedade produzia produtos e, assim, a economia.
Porém, isso não é verdade. Quando a Revolução Industrial ocorreu, ela não foi liderada por acadêmicos e sim por pessoas sem instrução formal. O submarino, por exemplo, foi inventado por um pastor e não por uma universidade ou uma instituição naval.
Outras invenções importantes também vieram como resultados de pessoas que trabalhavam de forma independente. Elas vieram de pessoas que experimentavam novas tecnologias e ideias para criar ferramentas úteis. Foi essa dinâmica de tentativa e erro que garantiu que a Revolução Industrial ocorresse, formando um sistema antifrágil.
Hoje, nossa sociedade não entende a importância da antifragilidade e a narrativa oficial de Revolução Industrial é a prova disso. Nós não gostamos de imaginar que nosso progresso pode ter acontecido através de um sistema de tentativa e erro e preferimos acreditar em razões mais deterministas para termos avançado enquanto sociedade.
Nossa sociedade quer que os nossos especialistas saibam exatamente o que estão fazendo e não que eles experimentem e tentem descobrir o que funciona.
Isso tem grandes efeitos na sociedade moderna. Por exemplo, vários cientistas acabam conseguindo recursos para suas pesquisas prometendo descobertas inovadoras advindas da academia. Estes cientistas recebem dinheiro de governos e da iniciativa privada para criar novas teorias e descobertas que vão facilitar nossas vidas.
Infelizmente, o que não está claro para todos é que é possível atingir todo o progresso prometido através apenas dessas teorias: a aleatoriedade e a antifragilidade decorrente do caos são necessárias para o surgimento de mudanças e inovações reais.
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